24 de set. de 2014

No dia 26, todos os sócios da ABI poderão votar!

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CONHEÇA AS NOSSAS PROPOSTAS!
Esta é uma conquista da 
Chapa Vladimir Herzog!

Todos os associados da ABI, mesmo aqueles que se encontravam há vários anos afastados da entidade, foram anistiados e poderão participar da eleição nesta sexta-feira, dia 26 de setembro.

A ampliação do colégio eleitoral, estendendo a votação a outras cidades, foi uma vitória da Chapa Vladimir Herzog. A nossa proposta inicial era de que todos os sócios da ABI espalhados pelo País pudessem participar da eleição através do voto eletrônico.

Nosso entendimento sempre foi de que todos os jornalistas associados à entidade pudessem se manifestar livremente na escolha dos novos dirigentes da Casa. A nossa proposta, entretanto, foi bloqueada na justiça pelos integrantes da Chapa Prudente de Moraes. Eles queriam que o pleito fosse realizado apenas entre os sócios que residem no Rio de Janeiro. Na audiência de conciliação promovida pela 8ª Vara Cível da Comarca do Rio de Janeiro, foi definido que a votação será realizada também nas representações estaduais da ABI, em cédulas. Essa decisão foi o resultado de um acordo judicial firmado entre as duas chapas que disputam a eleição.

O VOTO ELETRÔNICO SE TORNARÁ UMA REALIDADE
A Chapa Vladimir Herzog compromete-se a implantar o sistema eletrônico a partir de 2015. O primeiro passo rumo à renovação da ABI já foi dado, mesmo com a limitação imposta pela intrânsigência da outra chapa.

O processo eleitoral começará no dia 25 com a realização de uma Assembléia Geral na sede da ABI. No dia 26, a votação será aberta aos associados em seis estados.

Além da sede da entidade, na Rua Araújo Porto Alegre, 71 - Centro do Rio, a votação ocorrerá nos representações da ABI localizadas nos seguintes endereços:

• São Paulo (capital)
Rua Martinico Prado 26, conjunto 31, Santa Cecília
(em frente ao Pronto-Socorro da Santa Casa)

• Belo Horizonte/MG
Rua Bahia 1.450, Centro

 Maceió/AL
Rua Sargento Jaime Pantaleão, 370

 Brasília/DF
SCLRN 704, Bloco F, loja 20. Asa Norte (DF)

• São Luís/MA
Rua Assis Chateaubriand, s/nº, Renascença II

Os sócios que moram em outras cidades poderão votar também nesses endereços. A mesa eleitoral, através de uma simples consulta, poderá liberar a votação dos associados que estejam em trânsito. Portanto, não deixe de participar desta data histórica. Venha votar na Chapa Vladimir Herzog!

23 de set. de 2014

RAZÃO E FÉ

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CONHEÇA AS NOSSAS PROPOSTAS!
A Chapa Vladimir Herzog não escolheu Domingos Meirelles como candidato à presidência da nossa ABI, apenas por se tratar de um dos profissionais mais premiados da imprensa brasileira. Nós o escolhemos pelo seu caráter forte e transparente, pela sua generosidade, e por sua extraordinária capacidade de trabalho. Domingos Meirelles é um dos diretores com a maior e mais significativa folha de serviços prestados à Casa dos Jornalistas. Nos últimos 40 anos, exerceu diferentes atividades na instituição, entre elas a de editor do Boletim ABI, atual Jornal da ABI, em um dos períodos mais negros do regime militar. Em fevereiro de 2014 voltou a acumular a função de editor da mesma publicação com a  de Diretor Econômico-Financeiro da entidade.

Não foi a primeira vez que Domingos Meirelles assumiu, concomitantemente, tarefas distintas na ABI. Em 2006, foi responsável pela Diretoria Administrativa, Serviços Gerais, Patrimônio, Departamento Jurídico e manutenção do edifício-sede.

Ao ser convocado para essas funções, ocupava a Diretoria de Assistência Social, para a qual fora eleito em 2004 com o compromisso de impedir o iminente colapso do ambulatório da entidade. O sucesso gerencial na recuperação do serviço médico, o credenciaria, dois anos depois, a acumular várias funções em meio a uma das maiores crises políticas da instituição. Metade da Diretoria se amotinara contra a gestão do então presidente Maurício Azêdo, na tentativa de afastá-lo do comando da Casa.

O golpe era capitaneado por Fichel Davit Chargel e Milton Temer. Como não conseguiram derrubá-lo da presidência, passaram a atacá-lo com uma incontinência verbal cuja vileza jamais fora vista na história da entidade. Azêdo passou a ser vítima de impiedosa campanha de difamação (vide, na página 11, a carta amarga que escreveu, na qualrelata a perfídia de que foi vítima por parte dos próprios companheiros).

Como o golpe não prosperou, os detratores pediram demissão. A debandada de metade da Diretoria não conseguiu, entretanto, paralisar as atividades da ABI, como haviam planejado. O vácuo causado pelo afastamento de quatro diretores permitiria, mais uma vez, que Meirelles voltasse a demonstrar suas qualidades de administrador. Ao ocupar o cargo, abandonado por Fichel Davit, promoveu uma faxina geral no prédio que se encontrava em péssimas condições. Reformou onze banheiros e refez todos os lances de escada, entre o térreo e o 9º andar, que se encontravam em deplorável estado de conservação. Comprou, ainda, aparelhos de ar-condicionado, bebedouros e computadores

A Biblioteca Bastos Tigre, no 12º andar, foi praticamente reconstruída. O trabalho, que se prolongou por mais de um ano, foi um dos mais importantes realizados pela ABI, nas últimas décadas. Os tacos, vorazmente atacados por cupins, foram substituídos por um material nobre capaz de suportar o peso das estantes. Meirelles foi obrigado a comprar um bloco de granito de seis toneladas para enfrentar essa nova empreitada. O granito foi cortado em lâminas e, depois, em lajotas, para que os veios da pedra compusessem um harmonioso desenho no piso. Todos os armários, fichários e as 629 prateleiras de madeira das estantes foram higienizadas, descupinizadas, lixadas e enceradas. Foi ainda comprada uma mapoteca galvanizada, com cinco gavetões, para acondicionamento de periódicos antigos, mapas e documentos raros.

Outra intervenção de relevo, em 2006, foi a reforma do auditório do 9º andar. Todas as poltronas receberam estofamento novo, e o mecanismo que regulava a altura de cada assento foi ajustado. O trabalho levou seis meses para ser concluído, e foi executado pelos próprios funcionários da Casa.
A obra física mais importante, depois da Biblioteca e da reforma do auditório, foi a recuperação e modernização dos antigos elevadores da Casa (vide Relatório de Atividades da Diretoria gestão 2006/2007 publicado no Jornal da ABI).

Com a ascensão de Tarcísio Holanda à presidência da Casa, em fevereiro deste ano, Meirelles voltou a acumular a função de Diretor Econômico-Financeiro com o gerenciamento da área responsável por serviços gerais e manutenção do edifício-sede. Tarcísio confiou-lhe a tarefa de reverter o quadro de desídia e abandono em que se encontrava o prédio, um testemunho físico das vilanias praticadas pelos renunciantes.

Uma das suas primeiras providências foi consertar a central de ar-condicionado, parada há mais de um ano. A falta de refrigeração impedia que o auditório fosse alugado, privando a ABI de importante receita alternativa. Ao restabelecer o funcionamento do ar-condicionado, o dinheiro investido na reforma do equipamento foi recuperado pelo produto financeiro de duas semanas de aluguel.
A substituição dos cabos dos elevadores, cujo prazo de validade havia sido ultrapassado em dois anos, foi imediatamente realizada, neutralizando o risco que oferecia aos associados e inquilinos do prédio. O piso do hall foi polido e lustrado (foto), o que não ocorria há mais de 30 anos. Foram também adquiridas duas toneladas e meia de placas de mármore italiano travertino para a grande reforma da fachada, que deverá estar concluída até o final de outubro.

Meirelles foi escolhido por nós pela sua extraordinária capacidade de doação à ABI. Nós o poderíamos ter indicado também em homenagem à sua bem-sucedida atividade literária, autor de três obras de referência na moderna historiografia nacional. Nós fizemos essa escolha amparados na razão e na fé, convencidos de que Meirelles será capaz, ao lado dos seus companheiros, de conduzir a Casa de Gustavo de Lacerda em direção ao futuro, de ingressá-la no novo século, e de resgatar o prestígio, a credibilidade e o espaço político que se perderam, ao longo dos anos, nas dobras do tempo.

Chapa Vladimir Herzog


“Meirelles foi escolhido por nós pela sua extraordinária capacidade de doação à ABI. Ele será capaz, ao lado dos seus companheiros, de conduzir a Casa de Gustavo de Lacerda em direção ao futuro.” 

22 de set. de 2014

VEJA QUEM ESTÁ FALANDO DA NOSSA CHAPA!


JUCA KFOURI
"Eleger os companheiros da Chapa Vladimir Herzog é a garantia de que a ABI voltará a ter uma direção empenhada em revitalizá-la.
A ABI precisa voltar a ser a trincheira que a notabilizou em defesa da liberdade de expressão e casa de todos os jornalistas. Só com democracia e transparência a ABI voltará a ser protagonista, algo que, desgraçadamente, deixou de ser nos últimos tempos."


• • •
CLARICE HERZOG
"É uma honra a homenagem que prestaram ao Vlado. São todos nossos amigos! Quero mais é apoiar!"

• • •

CELSO FREITAS
“É um luxo ter uma chapa como a Vladimir Herzog no comando da ABI. Seus integrantes são motivo de orgulho para todos nós”

• • •

HERÓDOTO BARBEIRO
“A presidência da ABI não é para qualquer um. O cargo exige talento, biografia e brilho intelectual. Virtudes que o Domingos Meirelles tem de sobra como jornalista e escritor"

• • •

ANTONIO TORRES
“A Chapa Vladimir Herzog tem tudo para colocar a nossa querida 
ABI no rumo certo. Não é difícil imaginar a quem o Hélio Silva, o Barbosa Lima Sobrinho e o próprio Prudente de Moraes, Neto dariam o seu voto.”
• • •

RICARDO KOTSCHO
“Não se pode entregar a Casa do Jornalista para um Zé Ninguém. É preciso ter currículo e estatura moral para ocupar esse cargo. Chega de mistificação! Estou com o Meirelles e o Audálio e não abro!”


• • •
GIOCONDA SEGISMUNDO
“O Fernando Segismundo dizia sempre: o Meirelles tem todas as qualidades para ser presidente da ABI. Sabe ouvir,
é tolerante, criativo, culto e agregador. Seus livros são excelentes”

21 de set. de 2014

Conheça o nosso jornal de campanha! Leia! Divulgue!

 Clique para abrir a versão digital do jornal da Chapa Vladimir Herzog.

O jornal de campanha da Chapa Vladimir Herzog pode ser lido em sua
versão digital, disponível na internet. Conheça as nossas propostas
e não se engane: o futuro da ABI está em suas mãos!
• • •
(Para ler nosso jornal, CLIQUE AQUI ou no link acima)


CHAPA VLADIMIR HERZOG

Diretor Presidente
Domingos Meirelles

Diretor Vice Presidente
Paulo Jerônimo de Sousa

Diretor Administrativo
Orpheu Santos Salles

Diretor Econômico-Financeiro
Ana Maria Costábille

Diretor de Cultura e Lazer
Jesus Chediak

Diretor de Assistência Social
Arcírio Gouvêa

Diretor de Jornalismo
Eduardo Cesário Ribeiro

CONSELHO CONSULTIVO
Alberto Dines, Audálio Dantas, Ferreira Gullar, Juca kfouri, Cícero Sandroni, Hélio Fernandes, Ziraldo

CONSELHO FISCAL
Arnaldo César Jacob, Jorge Ribeiro, Lindolfo Machado, Luiz Carlos Chesther de Oliveira, Geraldo Pereira dos Santos, Rosângela Amorim, Paulo Roberto Gravina

CONSELHO DELIBERATIVO (Efetivos) 2013/2016
Aziz Ahmed, Flávio Tavares, Jesus Antunes, Lima de Amorim, Bernardo Cabral, Jorge de Miranda Jordão, Sérgio Gomes (Serjão), Andrei Bastos, Paulo Gomes Neto, Austrégesilo de Athayde Filho, Ralph Lichote, Silvestre Gorgulho, Elio Maccaferri, Antônio José Ferreira Carvalho e Udson da Silva de Oliveira

CONSELHO DELIBERATIVO (Efetivos)) 2014-2017
Ricardo Kotscho, Milton Coelho da Graça, Anna Lee, Joseti Marques, Moura Reis, Tarcísio Baltar, Nivaldo Pereira, Carlos Chaparro, Luthero Maynard, Daniel Mazola, Amiccucci Gallo, Oswaldo Augusto Leitão, Siro Darlan, Jeronimo do Espírito Santo e Fábio Costa Pinto

CONSELHEIROS SUPLENTES 2013/2016
Adalberto Diniz, Adilson Ribeiro, Carlos Alberto da Rocha Carvalho, Carlos Di Paola, Terezinha Santos, João Luiz Dória, Maurício Max, JL Costa Pereira, Luarlindo Ernesto, Marcia Guimarães, Carlos Newton, Moysés Chernichiarro Corrêa, Raul Silvestre, Reinaldo Leal, Wilson Alves Cordeiro

CONSELHEIROS SUPLENTES 2014-2017
Lourival Marques Bogea, Petrônio Souza Gonçalves, Elisabete Burlamarqui, Ilma Martins da Silva, Vilson Romero, Bonifácio Rodrigues de Mattos (Ikenga), Claudinéia Lage, JB Serra e Gurgel, José Carlos Machado, Jayme Gama, Érika Branco, Luiz Wanderley da Silva, Roberto Martins, Tiago Santos Salles, Wilson Carvalho

7 de abr. de 2014

O LADO OCULTO DA CRISE

A edição de número 398 do Jornal da ABI revela toda a verdade sobre a pior crise vivida pela Instituição. Na capa, a foto de Tarcísio Holanda significa o resgate, pela Justiça, da dignidade da Associação Brasileira de Imprensa.  


29 de mar. de 2014

GOLPISTAS PERDEM MAIS UMA NA JUSTIÇA, MAS INSISTEM NA FRAUDE

A ata da Reunião do Conselho Deliberativo da ABI de 25 de março é uma fraude! Mais uma entre tantas patrocinadas pelos golpistas que não se conformam com a decisão da Justiça que os afastou da entidade sob duras qualificações de seus atos espúrios. Não bastasse a má-fé que os caracteriza, a falta de inteligência com que se atrevem beira o ridículo, para dizer o mínimo. Uma ata de reunião de Conselho não pode ser publicada sem que todos os membros participantes tenham lido, aprovado e rubricado o texto que relata os fatos exarados na reunião, o que em geral ocorre na reunião seguinte; somente então se procede à publicação.

Apressados como batedores de carteiras e trombadinhas, correram a publicar no site da Instituição um amontoado de inverdades sob o título de “Ata do Conselho Deliberativo da ABI”, distorcendo os fatos vergonhosamente para ainda tentar manipular a confiança dos desavisados. Usar o site da ABI para isso já demonstra a categoria dos que se dizem jornalistas aptos a assumir os rumos da Casa. 

Vamos aos fatos:
Ofensas vergonhosas explodiram como petardos, quando Domingos Meirelles sugeriu que o advogado Jansen dos Santos - que o representou  na Justiça contra as fraudes promovidas pelo bando e que fora por ele convidado à reunião - fizesse uma exposição para informar ao plenário sobre os autos do processo que pôs fim ao golpe e sobre a última decisão, ocorrida naquele mesmo dia, horas antes, quando o Tribunal de Justiça negou outro agravo de instrumento impetrado por Fichel Davit Chargel. Davit tenta ainda, desesperadamente, reassumir o lugar de presidente que ocupou indevidamente por alguns meses. O próprio Davit ficou pasmo ao tomar conhecimento de que fora mais uma vez derrotado, porque IGNORAVA essa nova manifestação da justiça. Ele saiu correndo da sala para consultar o despacho do TJ no site da ABI.

O convite à exposição do advogado não foi "questionada pelo Conselheiro Marcus Miranda" como aparece na ata fraudulenta, onde se afirma que nas reuniões do Conselho somente poderiam falar conselheiros e associados. Trata-se de uma inverdade. No Conselho  sempre foram ouvidas as mais diferentes pessoas, como o delegado Protógenes,  representantes do corpo diplomático e autoridades que tivessem algum depoimento relevante a ser prestado aos conselheiros. É só consultar as atas do Conselho que se poderá atestar esse fato. O advogado foi insultado de forma inaceitável numa casa que defende a liberdade de expressão. Alegaram que ali não era a OAB e pediram, aos gritos, que o Dr. Jansen dos Santos se retirasse da sala. Ele tentou se defender, falou nas prerrogativas asseguradas pela Constituição e pela própria OAB. Não lhe deram ouvidos. "A Justiça não manda na ABI. A nossa constituição é o nosso estatuto!" – gritaram ensandecidos, brandindo um estatuto por eles tantas vezes estuprado.

 E foram por aí, num clima patético de histeria, onde todos falavam ao mesmo tempo. Por que não queriam que o advogado falasse? Quem tem medo de Virgínia Wolf ? O advogado recusou-se a se retirar. Manteve-se em silêncio, perplexo, com a reação do grupo de jornalistas que integram a chapa Prudente de Morais, neto. Estavam todos fora de si. O conteúdo mentiroso da ata  indevidamente publicada no site da ABI foi editado de acordo com as conveniências daquela corja.

Fichel Davit atacou de forma grosseira o presidente Tarcísio Holanda, que se havia retirado, dizendo que ele "custava caro à ABI, obrigada a desembolsar de R$ 2.300,00 a R$ 2.700,00 de passagem” sempre que ele vinha ao Rio para as reuniões. Domingos Meirelles lembrou que Tarcísio pertencia à chapa do próprio Davit e que seu nome fora uma escolha pessoal do ex-presidente falecido e do grupo  ao qual pertencia. E mais: durante cerca de quatro anos, Tarcísio compareceu mensalmente às reuniões do Conselho, viajando de Brasília para o Rio, como vice-presidente da ABI,  sem que jamais houvessem questionado o custo das passagens. Davit fazia questão de acentuar, a todo o momento, que tanto o presidente Tarcísio Holanda, como a diretoria,  voltaram a exercer suas funções apenas em cumprimento a uma determinação judicial. Como  se a decisão fosse fruto dos caprichos da juíza ou  da 11ª Turma Cível do Tribunal, cujos integrantes, por unanimidade, reconheceram que a posse dele, após a morte de Maurício Azêdo, ocorrera de forma irregular (veja a matéria Nau da Insensatez).

Outra grave manipulação foi a afirmação de que Domingos Meirelles responsabilizou o presidente morto, "que não tinha como se defender ", por todos os problemas da ABI. Não é verdade. Em nenhum momento Meirelles se referiu a Maurício Azêdo.  Na exposição, ele se referia ao próprio Davit que permaneceu cinco meses irregularmente na presidência da ABI e não fez nada. Uma gestão que, além de irregular, foi péssima para a saúde administrativa e financeira da entidade. Interpelado, Davit não soube dizer qual era o montante das dívidas da Casa nem os pavimentos que se encontram penhorados sob  risco de serem leiloados a qualquer momento.

Meirelles fez uma lista de pequenos problemas que poderiam ter sido resolvidos por quem pretende e ocupou, mesmo que indevidamente, o lugar de presidente da Casa. Por exemplo, o conserto da central de ar-condicionado, orçado em menos de R$ 20 mil, e que está sem funcionar há mais de um ano, quando havia dinheiro em caixa para pagar as peças danificadas. Sem ar-condicionado, deixou-se de alugar o auditório que gerava importante fonte de receita alternativa para a ABI. Apenas com o dinheiro de quatro aluguéis se poderia ter consertado o equipamento – e a despesa poderia ser quitada em até em cinco parcelas.

Meirelles falou ainda  sobre o descaso em trocar o cabo de aço de um dos elevadores, gravemente comprometido, que também poderia ser resolvido com  pagamento parcelado. E provou que jogavam dinheiro fora com o aluguel dos andaimes que há mais de um ano cercam a fachada do prédio para proteger os transeuntes de placas que podem despencar. Os andaimes já foram citados em relatório de prestação de contas da diretoria como se fossem parte de uma obra de conservação que jamais ocorreu. O conserto das placas da fachada está em torno de R$ 15 mil e o aluguel dos andaimes já consumiu R$ 50 mil dos cofres magros da ABI.

Tudo isso foi omitido da ata, assim como a denúncia da economia porca de R$ 5 mil  com a não colocação de insulfilme na Biblioteca. Essa proteção  impediria que o sol continuasse danificando livros raros que fazem parte do acervo da Casa. Domingos Meirelles denunciou também o  péssimo estado da casa de força, que poderá explodir e até incendiar o prédio a qualquer momento. O conserto foi estimado em cerca de R$ 120 mil, pagos em cerca de dez prestações, mas o Davit não se mexeu. Os membros do Conselho e o próprio Davit ouviram tudo de cabeça baixa. Mas a ata fraudulenta omite tudo isso. Também não se publicou sequer uma vírgula do que disse o Diretor Cultural da ABI, Jesus Chediak. Parece até que não estava presente.


A quem essa gente pensa que ainda engana? A certeza de que ninguém mais se importa com a Associação Brasileira de Imprensa é que os faz agir de forma tão descarada. É preciso dar um basta nesta infestação espúria e refundar a ABI.

27 de fev. de 2014

FIM DO CARNAVAL PARA O BLOCO DE SUJOS

O Bloco de Sujos da ABI, que ainda conta com os serviços do escritório Siqueira Castro - um dos mais caros e prestigiados do país -, sofreu nova derrota na Justiça nesta segunda-feira, 24, após a decisão da 11ª Câmara Cível do Tribunal que dera, na semana passada, prazo de cinco dias para que o “presidente” Fichel Davit Chargel se afastasse do cargo de que se apossou de forma ilegítima e ilegal. 

Não se conhece o teor da petição que eles encaminharam à 8ª Câmara Cível, mas a juíza Maria da Gloria Bandeira de Mello, que é a responsável pelo processo, negou o pedido e determinou que Fichel Davit Chargel deixasse a presidência da instituição em 48 horas. 

No seu novo despacho, a juíza também resolveu uma questão semântica na qual se penduravam os integrantes da Chapa Prudente de Morais: a morte do Presidente da entidade seria um caso de “impedimento” ou de “vacância”, como sustentavam, para justificarem o golpe e se manterem no comando da Casa.  A juíza simplesmente determinou que o vice-presidente, Tarcísio Holanda, assumisse a presidência da ABI. Holanda fora destituído pelo grupo em uma ação vergonhosa quatro dias após a morte de Maurício Azêdo.  A Fichel Davit Chargel e sua entourage só resta agora se queixarem ao bispo. 

E estamos conversados!

Leiam a íntegra do despacho da Juíza Maria da Gloria Bandeira de Mello:

“Fls. 674/685 O pedido da ré não merece acolhimento A decisão mantida em sede de agravo determinou o retorno da administração anterior para dar andamento ao processo eleitoral. Tendo falecido o então presidente, e ainda que tenha que se elucidar as regras estatutárias com relação à vacância, que entende a ré serem lacunosas, o fato é que se impõe de plano a adoção de solução mais adequada à realidade fática dos autos e principalmente as decisões já proferidas. Neste diapasão há tutela antecipada reconhecendo a irregularidade do pleito que elegeu a Admistração que se encontra em exercício, bem como decisão posterior determinando a transferência da adminstração da Associação para a diretoria anterior enquanto não realizada nova eleição. Assim, a permanência da Administração em exercício, ainda que em caráter temporário não pode ser admitida. Recomendável, assim, que se adote em caráter emergencial a alternativa de praxe, e que se apresenta como a mais apropriada, que é a assunção pelo vice-presidente da Administração anterior, juntamente com os demais componentes daquela. A tutela, pois, deverá ser cumprida nestes moldes, sem prejuízo, obviamente, dos autores aceitarem, por entenderem mais conveniente, que continue a atual Administração até as eleições. Tendo em vista que os autos ficaram conclusos para exame da petição da ré, concedo o prazo suplementar de 48hs, para a transferência da Administração nos moldes supra."

23 de fev. de 2014

CARTA ABERTA AO FUTURO



"Toda instituição é a sombra alongada de um homem" – com esta frase do filósofo, poeta e escritor R.W. Emerson (1803-1882) fizemos um retrospecto, publicado aqui neste blog, sobre os homens que emprestaram sua sombra à Associação Brasileira de Imprensa para fazer dela o que, de longe, ainda reconhecemos. O jornalista e escritor Fernando Segismundo, que por duas vezes assumiu os rumos da entidade ((1977/1978 - 2000/2004), definiu a missão da ABI de maneira ideal em 1969, quando disse que “além das finalidades fundamentais, a associação deve interpretar o pensamento, as aspirações, os reclamos, a expressão cultural e cívica de nossa imprensa; preservar a dignidade profissional dos jornalistas - e não apenas a de seus sócios; acautelar os interesses da classe; estimular entre os jornalistas o sentimento de defesa do patrimônio cultural e material da Pátria; realçar a atuação da imprensa nos fatos da nossa história; e colaborar em tudo que diga respeito ao desenvolvimento intelectual do País”. 

Para cumprir uma missão tão densa, sem deixar-se levar por sentimentos menores e com clareza de avaliação, é preciso ter, antes de tudo, desprendimento, cujos sinônimos são abnegação, altruísmo, independência.  A sombra alongada dos que deram à entidade a estatura que ela ainda porta vem-se encolhendo com o passar do tempo e deformando sua imagem – o pior dos momentos sem dúvida é este que a Casa está experimentando agora. A ABI está passando por uma crise estrutural e de credibilidade que drena o pouco que lhe resta de prestígio junto à classe jornalística e à sociedade brasileira. A Justiça, que sempre foi provocada pela entidade para defender os legítimos anseios do povo brasileiro, agora teve que se manifestar para defender a ABI de si mesma. 

O momento é de crise sim, mas é também a oportunidade de uma revisão profunda para sanar problemas que tem sido postergados – um deles, a renovação do quadro de associados e de membros das instâncias decisórias da Casa, chamando as gerações mais jovens de jornalistas a darem sua contribuição e emprestarem suas sombras para a construção de uma ABI para e com futuro. O exemplo de Barbosa Lima Sobrinho, que conduziu a entidade por três mandatos, o último indo de 1978 até sua morte aos 103 anos, em 2000, não pode ser contemplado apenas pela exceção de longevidade, mas pelo compromisso do homem que emprestou não apenas a sombra, mas todos os seus dias a uma causa da qual a ABI era apenas o instrumento. 

Não deve a ABI ser confundida com um prêmio de consolação aos que consideram-se merecedores de um reconhecimento, seja pessoal ou profissional, que não lhes foi concedido ao longo do tempo. Ao refletir sobre isso,  podemos entender a luta encarniçada daqueles que a Justiça mandou afastar dos postos de comando da ABI, em sentença proferida de forma grave - é que para moldar-lhes a sombra encolhida, curvada, era preciso que a Casa se apequenasse. Agora, diante da crise que nos convida à mudança, teremos a real dimensão do mal que vem corrompendo a entidade nestes anos recentes. 

A luta está em curso – ou a ABI se levanta e se renova, ou será apenas a sombra de si mesma a se desfazer no tempo. Os jornalistas que formam a Chapa Vladimir Herzog, empunhando a bandeira da mudança, convocam aqueles que acreditam que com os instrumentos do ofício de jornalistas podemos contribuir para a construção de uma sociedade mais justa, humana e igualitária. Queremos uma ABI de tod@s, à frente de seu tempo e com o olhar dirigido ao futuro.

CHAPA VLADIMIR HERZOG 
UMA ABI  DE TOD@S

19 de fev. de 2014

LEIA TRECHO DA DECISÃO DA JUSTIÇA


 “Por todo o explanado, verificam-se evidências gritantes de que o processo eleitoral foi dirigido de forma parcial e temerária pela então Administração da ré a fim, repita-se, de inviabilizar o registro da chapa dos autores, garantindo para a chapa da situação uma eleição sem concorrentes e sem impugnações. Assim é que, em consonância com a decisão de fls. 129, ficam ampliados os efeitos da tutela antecipada inicialmente deferida, para tornar sem efeito a eleição ocorrida no dia 26 de abril próximo passado, devendo ser realizada outra com escorreita observância ao Regulamento Eleitoral e dos princípios da isonomia, transparência e publicidade que devem nortear as disputas eleitorais, que é o que se espera, em especial, de instituição do gabarito e respeitabilidade da ré.”

"(...) Verifica-se dos fatos e documentos trazidos pelos autores o flagrante descumprimento à decisão de fls. 469/471. Com efeito não obstante ter sido invalidada a eleição em tutela antecipada, o que faz ilegítima a administração da chapa então vencedora, tem-se que a mesma continua a praticar os atos de gestão da entidade, como a convocação para Reunião Ordinária do Conselho Deliberativo. Logo, enquanto não realizado o novo certame, como determinado na citada decisão, deve ser mantida a Administração anterior com todos os seus componentes, a quem caberá, inclusive os trâmites do processo eleitoral.”

13 de fev. de 2014

A PERSEVERANÇA NA JUSTIÇA


Terminada a sessão que reconduziu a antiga diretoria e ordenou a saída dos que ilegalmente se apossaram da ABI, o jornalista que moveu a ação se apresentou à advogada do famoso escritório Siqueira e Castro, que perdeu a causa: 
   
"Meu nome é Domingos Meirelles, sou um dos titulares da ação contra o  seu cliente. A perseverança faz parte do meu ofício." 


Em tempo: O Dr. Jansen dos Santos Oliveira foi o advogado que conduziu o processo dos jornalistas da Chapa Vladimir Herzog. 

12 de fev. de 2014

JUSTIÇA RESGATA ABI DAS MÃOS DE AVENTUREIROS

Justiça nega provimento aos recursos impetrados pelos ocupantes da ABI e confirma a decisão da Oitava Vara Cível da Comarca do Rio de Janeiro, que antecipou a tutela para anular a eleição de abril do ano passado, quando através de expedientes ilegais a Chapa Vladimir Herozg foi impedida de concorrer. Naquela eleição fraudulenta, concorreu apenas a Chapa Prudente de Morais, neto, encabeçada pelo então Presidente Maurício Azêdo, que faleceu em outubro do ano passado. A Justiça determinou que seja feita uma outra eleição e que a antiga diretoria seja reconduzida ao comando da ABI. Os ocupantes ilegítimos dos cargos da instituição terão que se retirar, sob pena de multa diária de R$ 5 mil, cobrada na pessoa daquele que irregularmente ocupou o lugar de presidente, Fichel Davit Chargel. 




VAI PASSAR!!!!!!!






9 de fev. de 2014

A casa da mãe Joana é na ABI


A situação da ABI é tão grave que cabe perguntar se ainda há uma Associação Brasileira de Imprensa ou se aquilo virou a casa da mãe Joana – com o perdão de d. Joana, seja lá quem tenha sido ela na história. Depois de se acotovelarem  para ocupar o lugar de poder esvaziado com a morte de Maurício Azêdo, o presidente sub judice do Conselho, Peri Cotta, e o primeiro secretário também sub judice, José Pereira da Silva,  renunciaram aos cargos, na reunião da semana passada. Na Mesa do Conselho ficou apenas o segundo secretário, Moacyr Lacerda,  que de acordo com as regras estatutárias deveria conduzir a reunião ao encerramento, para que as providências para resolver a situação fossem tomadas em reunião de diretoria, convocando uma Assembleia Geral Extraordinária.  Mas inusitadamente o segundo secretário também sofreu um golpe! Assume então a presidência do Conselho o presidente eleito irregularmente para ocupar o lugar de Azêdo – Davit Fichel Chargel, que em uma penada decide que o novo presidente do Conselho será o conselheiro sub judice Vítor Iório! O que nos consola é saber que o nome e as digitais desses vândalos ficarão registrados na história da Associação Brasileira de Imprensa - isso, se a instituição resistir.

11 de jan. de 2014

AS EMENDAS QUE DENUNCIAM O SONETO

A edição 396 do Jornal da ABI que circulou no mês de dezembro passado reproduz, com alguns acréscimos, uma nota publicada no site oficial da instituição e que, ao que parece, foi excluída das páginas e do arquivo do veículo, mas que tivemos a precaução de imprimir. De qualquer forma, fazemos aqui uma análise detalhada do texto da matéria, que soa quase como uma evidência de culpa, embora tivesse a intenção atrapalhada de ser uma justificativa para os acontecimentos que vem turvando a honra da entidade. 

Vamos começar pelo pé da matéria publicada no site e que ainda pode ser lida na versão impressa. É que antes de analisar as sinuosas justificativas com que, ao longo do texto, o grupelho tenta se eximir da culpa no golpe que impediu a posse do vice-presidente  da ABI, Tarcísio Holanda, queremos mostrar o nível absurdo da incompetência que, agravada pela ma-fé, caracteriza aqueles que estão mantendo a ABI refém de interesses menores. 

No final da matéria, eles tentam justificar a falcatrua que armaram para confundir os associados, dificultando o comparecimento de eventuais opositores na reunião extraordinária irregular que convocaram para mais uma vez tentar legitimar o golpe promovido na reunião do dia 29 de outubro, quando impediram que o vice-presidente da ABI assumisse o cargo deixado vago com a mote de Maurício Azêdo. Confundindo as datas nas diversas comunicações publicadas, mantiveram a reunião restrita ao pequeno grupo de conselheiros sub judice e a uns poucos aliados da vergonhosa trama. A justificativa é de que cometeram erros na divulgação das datas – erros, muitos erros, como pode ser visto nesta mal disfarçada confissão de culpa que eles mesmos publicaram no site:

Esta assembleia foi originariamente convocada para o dia 29 de novembro, às 10h. Ocorre que ela não foi publicada como deveria no Diário Oficial e em jornal de grande circulação. O Edital, por erro, foi publicado apenas no Jornal do Commercio. Diante disso, foi necessária uma nova publicação no Diário Oficial e no Jornal do Commercio e a data foi alterada para o dia 3 de dezembro, às 10 horas, horário em que são feitas todas as assembleias. Nessa questão, vale salientar que foram cometidos dois erros:
1 – O Jornal da ABI é editado em São Paulo e o editor Francisco Ucha publicou o Edital antigo, no qual a convocação era para o dia 29 de novembro; 2 – quando percebemos o erro, solicitamos ao Diretor Cultural da ABI que fizesse uma carta de correção a ser encaminhada ao corpo social. Infelizmente o Diretor errou no horário, colocando às 14 horas ao invés de 10h. No entanto, vale salientar ainda que o site da ABI (www.abi.org.br) publicou a convocação com a data e horário certos durante 30 dias".

Vejam agora o restante da nota,  onde se poderá perceber as digitais dos patrocinadores dessa patuscada:

Maurício Azêdo faleceu no dia 25 de outubro. Passado o luto, ainda sob o efeito da perda, surgiu uma questão urgente: quem estatutariamente o substituiria? Na dúvida, a Diretoria resolveu consultar o escritório de advocacia Siqueira Castro que já representava a entidade.

A “dúvida”, meus amigos,  é a prova inconteste do conluio que aguardava, como ave de rapina, a morte do presidente para tomar de assalto a ABI. Como poderia haver “dúvida” sobre a pertinência da condução do vice-presidente ao cargo vago? A “questão urgente” a que se referem no texto foi a de saber como dar um golpe sorrateiro sem serem flagrados na pequenez da intenção que os movia. E foi para isso que pediram o aval discursivo do escritório de advocacia mais prestigiado do país – para travestir de legalidade uma ação ilegítima, que fere a honra da instituição e mostra às escancaras o caráter de quem a patrocinou. Para saber como deveriam se comportar diante da morte do presidente, bastava ler a história das sucessões na Associação Brasileira de Imprensa. (Clique aqui e saiba mais).

Em reposta à consulta para dirimir a “questão urgente”, o texto da advogada Maria Arueira Chaves, do escritório de advocacia Siqueira e Castro, diz o seguinte em sua primeira linha, conforme publicado no site:

O Estatuto da ABI não estabelece qualquer previsão específica acerca da sucessão do cargo de Presidente. No entanto...”.

E é a partir deste “no entanto” que a advogada começa a discorrer sobre o real motivo da consulta: as possíveis interpretações do texto do Estatuto para camuflar o golpe com a capa da legalidade. Em seguida às interpretações ambíguas da advogada, os ocupantes da ABI publicam o trecho do Estatuto que foi analisado pela advogada, como que para convencer os leitores da legitimidade de seus atos. Tomaram o “parecer” como norma de conduta, contrariando a tradição de respeito às regras democráticas que sempre distinguiram a entidade. No texto escorregadio do site, ofendem a inteligência dos eventuais leitores ao dizerem que a reunião ordinária do Conselho, em que deram o golpe, já estava prevista no calendário regular da entidade.

Permitam-nos um rápido parêntese para relembrar os fatos dessa “reunião ordinária” do dia 29 de outubro:

1. O presidente Maurício Azêdo havia morrido apenas quatro dias antes, motivo mais do que justificado para se adiar uma reunião regular que aconteceria em luto;
2. Nesta mesma reunião que resolveram manter, em momento algum se fez qualquer menção ao presidente morto; nem mesmo um minuto de silêncio. Ao contrário, promoveu-se um tumulto descontrolado na intenção do golpe;
3. A reunião ordinária foi ilegalmente transformada em reunião extraordinária para consumar o golpe que impediria a posse do vice, que viera de Brasília exatamente para assumir a responsabilidade que lhe cabia.

Voltando ao texto publicado no site da ABI, veja a descrição que fazem daquela reunião:

O Estatuto da ABI não estabelece qualquer previsão específica acerca da sucessão do cargo de Presidente. No entanto, O Estatuto, em seus artigos 21, II e 41, I, estabelece a competência da Assembleia Geral, como órgão soberano, para a eleição do Diretor Presidente. Além disso, o Estatuto prevê, em seu artigo 29, VII, que ao Conselho Deliberativo, como órgão superior da administração da ABI, compete preencher cargos da Diretoria, em caso de vacância. Nesse contexto, é importante registrar que o Estatuto, ao estabelecer as funções de Vice-Presidente, não determina que o mesmo sucederá o Presidente, mas apenas que este irá substituir o Presidente em caso de impedimento. Assim, pode-se entender que, em caso de ausência temporária do Presidente, o Vice-Presidente assumirá suas funções. No caso de falecimento, entendemos que não se trata da hipótese de mero impedimento, mas sim de vacância”.


A malícia com que interpretaram o texto do Estatuto e a forma como agora tentam convencer os leitores e associados através dos veículos oficiais da entidade mereceriam uma nova ação na justiça - desta vez por danos morais! Mas não para por aí. Vejam este parágrafo (o erro no texto é do original publicado): 

"Conforme comprova  a Ata dessa reunião, o Presidente do Conselho Pery Cotta declarou a vacância do cargo de diretor-presidente, de acordo com o artigo 29 o cargo de Diretor-Presidente (sic). Dessa forma, nada impediria que Tarcísio Holanda fosse designado pelo Conselho Deliberativo. Entretanto, como ele reside em Brasília, tem família em Brasília e emprego em Brasília, o Conselho achou por bem eleger o Diretor Administrativo Fichel Davit Chargel para o referido cargo.

Vejam que até mesmo as aves de rapina confirmam que “nada impediria” que o vice -presidente assumisse o cargo. Nada, a não ser um golpe sórdido, combinado entre o grupelho de conselheiros sub judice e escorado na desculpa esfarrapada do local de residência do jornalista. Tarcício Holanda deslocou-se de Brasília ao Rio para assumir o cargo e conduzir a entidade à próxima eleição, conforme decidido em tutela antecipada da Justiça (veja detalhes aqui). Como poderia estar impedido de assumir por causa da distância? E em que regra estatutária se basearam para decidir isso? A ABI é uma instituição nacional e não regional, ou ainda local como querem fazer dela.

Tarcísio Holanda foi humilhado por aquele conselho nanico; foi escorraçado por uma horda enfurecida que disparava impropérios sem saber nem mesmo a que e a quem queriam ofender e o que exatamente estavam defendendo. E o maior de todos os cúmulos:  Hollanda foi pressionado a renunciar pelo próprio presidente sub judice do Conselho, Pery Cotta, escoltado por conselheiros igualmente sub judice.

Pensem bem, meus amigos: qual era mesmo a “questão de urgência” sobre a qual eles tinham “dúvidas”? A urgência somente poderia ser instalada se o vice-presidente houvesse declarado que não assumiria o cargo, o que não aconteceu em momento algum. Repetimos: o jornalista Tarcísio Holanda foi à reunião da entidade, no Rio, para assumir o cargo de presidente da Associação Brasileira de Imprensa! E foi impedido por um golpe (veja detalhes aqui).

E no final da matéria que publicaram no site da ABI, eles ainda tentam promover um golpe na inteligência dos leitores e associados, ao admitirem que "erraram" seguidamente nos textos de convocação da assembleia irregular. 

Não fosse por mais nada, mereciam perder os registros de jornalistas por incapacidade técnica de produzir uma simples nota!










3 de jan. de 2014

SAIBA QUEM FORAM OS PRESIDENTES

"Toda instituição é a sombra alongada de um homem"
(Emerson)

GUSTAVO DE LACERDA (1908/1909)

Autor das bases do estatuto da entidade que mais tarde se tornaria a ABI, Gustavo de Lacerda criou a Associação de Imprensa,  da qual foi aclamado Presidente, em 7 de abril de 1908. A criação de uma agremiação que lutasse pelos interesses dos jornalistas sempre foi um ideal de Lacerda, que chegou a ser apontado como inculto e visionário. No entanto, do programa de fundação da ABI constam reivindicações que hoje são a base da regulamentação da profissão e das faculdades de Comunicação Social.


FRANCISCO SOUTO (1909/1910)


Com a morte de Gustavo de Lacerda, seu vice, Francisco Souto, assumiu a Presidência para completar o mandato do colega, num momento em que a associação passava por uma crise de prestígio e sofria boicote de quase todos os donos de jornais — alguns chegavam a proibir seus funcionários de participarem da instituição.




DUNSHEE DE ABRANCHES (1919/1911 - 1911/1913)

João Dunshee de Abranches Moura foi empossado na Presidência da ABI em 13 de maio de 1910, com o apoio integral do grupo que controlava a Associação e prometendo defender a liberdade de pensamento a qualquer custo. Em 1911, foi reeleito para mais dois anos de mandato. Durante sua administração, várias providências foram tomadas, como a reforma estatutária, aprovada pela Assembléia-Geral de 23 de janeiro de 1911, e a mudança de nome para Associação de Imprensa dos Estados Unidos do Brasil. 

BELISÁRIO DE SOUZA (1913/1915 - 1915/1916)
O jornalista Belisário de Souza tinha apenas 27 anos de idade quando substituiu Dunshee de Abranches na Presidência da instituição que, por sua iniciativa, ganhou o nome atual: Associação Brasileira de Imprensa. Jovem entusiasmado pela política, Belisário teve uma administração atribulada, sem que conseguisse, de imediato, conciliar as correntes antagônicas que circulavam na ABI e que acabaram por levá-lo a renunciar ao cargo. Em seu lugar assumiu o Vice-presidente Raul Pederneiras. 

RAUL PEDERNEIRAS (1915/1917 - 1920/1926)

Com a renúncia de Belisário de Souza, Raul Pederneiras assumiu o cargo de Presidente e deve-se a ele renascimento da ABI nos moldes operacionais. Com ele a instituição adquiriu personalidade jurídica, fazendo registrar todos os livros da tesouraria no Tesouro Nacional. Além de atos administrativos e outros de relevância para a Associação, Pederneiras pleiteou aos Governos Municipal e Federal o título de utilidade pública, que somente foi conferida à ABI na gestão seguinte.


JOÃO GUEDES DE MELO (1917/1920)

João Guedes de Melo dedicou-se à fundação do Retiro dos Jornalistas, num terreno da Associação no bairro de Heliópolis, e à concretização do Congresso Brasileiro de Jornalistas, da Escola de Jornalistas, além do desenvolvimento do serviço de auxílio e assistência aos sócios. Durante sua administração, o Governo Federal isentou a ABI de todos os impostos, emolumentos e contribuições municipais e sobre a aquisição de qualquer título, construção e manutenção de imóveis, como sua sede, ou qualquer outro estabelecimento concernente aos propósitos da Associação.

ALEXANDRE BARBOSA LIMA SOBRINHO 

(1926/1927 -1930/1932 -1978/20000)
Durante seus 103 anos de vida, Barbosa Lima Sobrinho exerceu três mandatos na Presidência da ABI, à qual se dedicou até a sua morte, em 2000. Advogado, jornalista, ensaísta, historiador, político e professor, eleito para a Cadeira nº 6 da Academia Brasileira de Letras aos 50 anos de idade, nasceu em Recife, onde estreou como jornalista colaborando com o Diário de Pernambuco. No Rio, onde chegou 1921, deu continuidade à carreira no JB. Quando assumiu pela primeira vez a Presidência da ABI, Barbosa Lima Sobrinho já revelava seu dinamismo: convocou uma assembléia-geral para reformar os estatutos, regulamentou a concessão da carteira de jornalista e título de sócio e estabeleceu intercâmbio com as associações de imprensa dos Estados, proporcionando a integração dos jornalistas em todo o País. Foi também incansável nas negociações junto à Prefeitura do antigo Distrito Federal para que a ABI conseguisse a posse definitiva da área do Castelo doada pelo Conselho Municipal e promoveu um inquérito nacional a respeito da lei de imprensa, cognominada “Lei Infame”. Ao voltar a presidir a ABI de 1930 a 1931, empenhou-se outra vez na reivindicação da aquisição do terreno — que acabou sendo cedido pelo Prefeito Pedro Ernesto na administração de Herbert Moses, em 1932. No seu segundo mandato, preocupou-se igualmente com a unidade da classe jornalística, que se encontrava dividida entre a ABI, o Clube da Imprensa e a Associação da Imprensa Brasileira. A proposta de unir todas numa só incluía sua renúncia. Plano aceito, um protocolo foi redigido e Herbert Moses foi escolhido para substituí-lo. Sem jamais abandonar o jornalismo, Barbosa Lima Sobrinho foi Deputado federal, Governador de Pernambuco e Procurador do Rio de Janeiro, então capital do País. Em 1964, retornou à ABI — onde ocupou cargos diversos — consolidando o seu devotamento às causas da classe jornalística e à liberdade de imprensa. Quando morreu, foi citado por colegas e admiradores com os mais emocionados elogios, por toda a sua vida e por sua brilhante passagem pela Casa do Jornalista.
GABRIEL LOUREIRO BERNARDES (1927/1928)
Em junho de 1927, Gabriel Loureiro Bernardes assumiu a Presidência da ABI para um mandato de um ano, deixando claro que daria prioridade à instalação da nova sede, sem descuidar das melhorias das instalações provisórias, à Rua do Rosário, 172, ao lado do jornal matutino A Vanguarda. 




MANUEL PAULO FILHO (1929/1929)

Segundo Edmar Morel, a eleição de Manuel Paulo Filho aconteceu num momento em que a classe jornalística se encontrava desunida, após um período de paz na gestão de Barbosa Lima Sobrinho. As dificuldades para edificar a sede definitiva da Associação numa área do antigo Morro do Castelo, doada pelo Conselho Municipal, prejudicou ainda mais seu trabalho à frente da ABI. Mesmo assim, a administração de Paulo Filho teve iniciativas relevantes, como a intervenção junto ao Congresso para a organização das Caixas de Pensões e Aposentadorias, que funcionariam como seguro social para os trabalhadores da imprensa.
ALFREDO NEVES (1929/1930)
Quando assumiu o cargo de Presidente da ABI, Alfredo da Silva Neves tinha 49 anos e era jornalista, médico, político e funcionário público. O período era agitado no meio jornalístico, com a imprensa dividida em dois grupos: o que apoiava a Aliança Liberal — em especial O JornalCorreio da ManhãDiário de NotíciasDiário Carioca e Jornal do Commercio — e o que apoiava o Governo de Washington Luís. Foi difícil manter a ABI neutra num episódio que agitava todo o País, mas ele conseguiu organizar uma comissão de juristas para defender os associados ameaçados, ao mesmo tempo em que se manteve firme na luta para recuperar o fôlego financeiro da instituição e fez reformulações no Estatuto, introduzindo, entre outras, modificações que privilegiavam as necessidades sociais. No fim do seu mandato, Alfredo Neves indicou Barbosa Lima Sobrinho para substituí-lo e fez um discurso no qual reafirmava o papel social da ABI.
HERBERT MOSES (1931/1946)
Filho de pai austríaco e mãe norte-americana, o carioca Herbert Moses foi eleito Presidente da ABI concorrendo com Ernesto Pereira Carneiro, do Jornal do Brasil, e Oscar Costa, do Jornal do Commercio. Além de ter sido redator da Revista Souza Cruz e secretário da Associação Comercial — onde se tornou amigo de Heitor Beltrão, seu braço direito na Associação —, dirigiu a Revista Moderna e acompanhou Irineu Marinho na fundação do jornal O Globo, em 1925. Segundo Fernando Segismundo, o bom relacionamento de Herbert com as autoridades — a quem recorria a qualquer hora até para livrar jornalistas da cadeia — transformou a sede da ABI, na Rua do Passeio, a ante-sala do Itamaraty. No primeiro ano de sua administração, apesar da censura à imprensa e das prisões de jornalistas, a instituição passou por uma grande reformulação, tendo sido conseguida, inclusive, a oficialização da doação do terreno Morro do Castelo. Bom negociador, Herbert conseguiu que Getúlio Vargas prometesse substancioso auxílio financeiro para o início da construção da sua sede própria, fizesse uma doação inicial de 13 mil contos de réis e criasse os primeiros cursos de Jornalismo. Em 1946, também o Presidente Dutra contribuiu para as obras, mandando o Ministério da Justiça abrir um crédito de 2 milhões de cruzeiros para que a Associação providenciasse os serviços de acabamento do prédio. No entanto, mesmo correndo o risco de abalar essas boas relações, em nenhum momento de sua administração Herbert Moses consentiu que a ABI se intimidasse e deixasse de se pronunciar a respeito da violação dos direitos de jornalistas e da liberdade de imprensa. O período é considerado a grande fase construtiva da instituição e ele, na visão de amigos e colaboradores, figura como o consolidador material e espiritual da Casa do Jornalista. Nos registros da própria ABI, ele aparece como o homem que “tornou a fundação de Gustavo de Lacerda conhecida e respeitada dentro e fora do País. Arrancou-a, por fim, dos apertados limites das salas de aluguel para lhe dar uma sede imponente, bela, confortável, moderna como poucas nestas Américas. Tudo isso, obra da sua dedicação, do seu entusiasmo, da sua energia”.
CELSO KELLY (1964/1966)
Amigo de Herbert Moses, Celso Kelly o sucedeu na Presidência da ABI, onde já havia integrado o júri que escolheu o projeto dos irmãos M.M.M. Roberto para a sua sede social, considerada pioneira da arte moderna na América do Sul. O período político brasileiro era crítico e a Comissão de Defesa de Liberdade de Imprensa teve muito trabalho — a todo instante eram enviados ofícios às autoridades do Governo, pedindo a liberdade de jornalistas presos.Em meio a tudo isso, a ABI ainda conseguiu promover três concursos jornalísticos e realizar um seminário em que foram debatidos os problemas do ensino do Jornalismo, dele resultando a Declaração do Rio de Janeiro, que insistia nos aspectos essenciais da profissão: “Liberdade de opinião e expressão com a conseqüente responsabilidade dos emissores — no caso, autor e veículo; a informação autêntica, como direito de todos; e a facilitação do acesso dos jornalistas às suas fontes.”Nomeado diretor-geral do Departamento Nacional de Ensino do Ministério da Educação, Celso Kelly renunciou ao cargo de Presidente da ABI em 9 de fevereiro de 1966, a três meses de completar seu mandato.
ELMANO CRUZ (1966/1974)

Em 1966, Elmano Cruz esteve à frente da ABI por pouco tempo, o suficiente para completar o mandato de Celso Kelly. Já em 1974, substituiu Adonias Filho, num mandato que durou até agosto de 1975. Apesar das curtas passagens pela Presidência, foi considerado um dos líderes mais resolutos da Associação. Se faltava dinheiro para o cumprimento das despesas administrativas, não se furtava a recorrer aos amigos para concluir seus projetos, vários dos quais resultaram em mais conforto nas instalações da Casa. Combatido por uns e elogiado por outros, Elmano Cruz, segundo Edmar Morel, muitas vezes pagava despesas do próprio bolso. Mesmo quando adoeceu, manteve-se como um presidente lutador à frente da ABI, até seu estado de saúde se agravar demais. A 27 de agosto de 1975, numa das mais agitadas sessões do Conselho Administrativo, renunciou ao cargo.
DANTON JOBIM (1966/1972)
Eleito pela primeira vez Presidente da ABI em 1966 e tendo cumprido mandato até 1972, Danton Jobim foi novamente eleito em 1978, mas morreu duas semanas após o pleito e não chegou a tomar posse. Na Presidência, seguiu os passos de Herbert Moses na defesa da liberdade de imprensa e movimentou-se com firmeza para a constituição de uma frente única de combate à Lei de Imprensa imposta pelo Governo Castelo Branco. Em seu primeiro relatório no cargo, ressaltou a sua determinação de lutar pelos direitos dos jornalistas: “Muitos acontecimentos, em nossa vida pública, repercutiram no seio da classe jornalística e na ABI. Travamos uma vez mais a batalha pela liberdade de imprensa, que exige habilidade, sangue-frio e firmeza de atitudes.” Com Danton Jobim, a Associação retomou o seu prestígio internacional, sendo constantemente visitada por personalidades estrangeiras, e a edição do Boletim da ABI, que havia sido interrompida. Na sua biografia como Presidente, consta também uma passagem polêmica por causa de um almoço oferecido ao marechal Costa e Silva. Jobim, que foi senador pelo antigo MBD, eleito pelo Estado do Rio de Janeiro, presidia a ABI quando esta completou 60 anos e, segundo Morel, a imprensa brasileira havia amadurecido e vivia uma fase áurea.
ADONIAS FILHO (1972/1974)
Quando foi eleito Presidente da ABI, o baiano Adonias de Aguiar Filho desfrutava de algum prestígio como romancista e pertencia à Academia Brasileira de Letras. Pouco acostumado às lutas políticas enfrentadas pela Casa do Jornalista, nem por isso deixou de cumprir suas obrigações administrativas à frente a instituição e chegou ao final do seu mandato com uma atuação considerada relevante na defesa dos jornalistas presos e dos jornais censurados.

LÍBERO OSVALDO DE MIRANDA (1975)
Quando Elmano Cruz renunciou ao seu mandato, a 27 de agosto de 1975, o conselheiro Líbero Osvaldo de Miranda foi indicado para substituí-lo. Tinha então 73 anos de idade e não chegou a presidir uma reunião sequer, pois morreu de infarto 10 dias depois de ser empossado, fato que causou muita consternação no meio jornalístico. Líbero de Miranda era grande apreciador de música clássica e de literatura francesa. 
PRUDENTE DE MORAES, NETO (1975/1977)
Também conhecido pelo pseudônimo de Pedro Dantas, com o qual assinou crônicas esportivas, Prudente de Moraes, neto foi eleito Presidente da ABI em 30 de setembro de 1975 e, além do jornalismo, dedicou-se também à poesia. Nos registros da história da ABI, consta que “exerceu o cargo com uma dignidade invulgar”. Foi em sua gestão que aconteceu o episódio do “suicídio” do jornalista Vladimir Herzog. Prudente viajou para visitar o Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo e afirmar a solidariedade da ABI contra o ato criminoso praticado pelos órgãos de segurança paulistas.
FERNANDO SEGISMUNDO (1977/1978 - 2000/2004)
Após ocupar a cadeira de Presidente da ABI de dezembro de 1977 a fevereiro de 1978, durante licenciamento de Prudente de Moraes, neto por motivos de doença, Fernando Segismundo foi eleito para permanecer no cargo até maio de 1978, voltando a ocupá-lo de 2000 a 2004. Segismundo foi fundador do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio de Janeiro, onde lecionou História Política e Econômica no curso de Capacitação Jornalística que ajudou a criar. Escreveu também vários livros, entre eles “Imprensa brasileira — vultos e problemas”, em que faz uma retrospectiva da ABI, de Gustavo de Lacerda à Era Getúlio Vargas. Durante o regime militar, integrou o rol de jornalistas presos, acusados de subversão.
MAURÍCIO OSCAR DE LIMA AZÊDO (2004/2007-2007/2010-2010/2013)
Maurício Azêdo foi eleito Presidente da ABI em abril de 2004, encabeçando a Chapa Prudente de Moraes, neto, de oposição à Diretoria então liderada por Fernando Segismundo, e empossado em 13 de maio seguinte. Em seu primeiro mandato, a instituição viveu um breve florescimento, propiciado pela aproximação dos jornalistas que apoiaram aquela que foi a primeira eleição direta da ABI, registrando o maior número de sócios votantes da história da entidade. Em abril de 2007 Azêdo foi reeleito para outro mandato de três anos, o que, segundo o Estatuto da entidade, deveria ser sua última reeleição.  Apesar de se dizer contrário ao continuísmo em qualquer esfera da vida pública, Maurício Azêdo promoveu alterações no Estatuto da entidade para permitir reeleições intermináveis. Em 2010, eleito em chapa única para um terceiro mandato, comandava uma ABI à beira do caos financeiro e estrutural. Ao se preparar para um quarto mandato, foi contestado por um grupo de jornalistas que formaram a chapa de oposição Vladimir Herzog, encabeçada pelo jornalista Domingos Meirelles. Em sua luta desesperada para impedir a participação de uma chapa concorrente, Azêdo cometeu ações indignas de sua estatura de jornalista e de homem público, sendo contestado judicialmente. Antes que a Justiça desse o veredito sobre o cancelamento de sua última reeleição, Maurício Azêdo morreu vítima de complicações cardíacas e renais, em 25 de outubro de 2013, deixando a ABI em mãos de um Conselho sem representatividade que sequer o homenageou na primeira reunião após sua morte e que, muito ao contrário, maculou a história da entidade, ao impedir a posse do vice-presidente com um vergonhoso golpe.

FONTE: Site oficial da ABI